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"Somente pela educação, poderemos acabar com o mal que mata nossas crianças"

Ligo a tv ou o rádio; abro o jornal ou na própria internet - e o que vejo, leio ou escuto? Violência contra nossas crianças. Crimes bárbaros, insanos e muitos cometidos no próprio lar, pelos próprios pais.
E o pior de tudo, penso...a coisa está ficando banal. Vamos acordar Brasil..Vamos dar um basta!!
Abaixo, postei um pronunciamento feito em de abril de 2008 - no plenário do senado lá em Brasília - do ilustre senador e humanista Cristovam Buarque em defesa de nossas crianças.


Segue na íntegra

"Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu quero, em primeiro lugar, agradecer ao Senador Alvaro Dias, que permitiu que eu falasse no lugar dele, por um compromisso na minha Universidade de Brasília, logo daqui a pouco.Sr. Presidente, eu, raramente, ou quase nunca – pelo menos não me lembro –, venho aqui com um texto para ler. Hoje, eu vim ler. Eu peço, Sr. Presidente, que marque os cinco minutos, pelo meu compromisso com o Senador Alvaro Dias.Eu quero ler aqui um texto falado por outra pessoa, que eu transcrevi hoje. Trata-se de um texto falado pelo jornalista Alexandre Garcia, hoje de manhã, no Bom Dia Brasil. E falou com o sentimento que falou há pouco a Senadora Patrícia Saboya, que chorou aqui, como o Brasil inteiro está chorando, cada um a sua maneira.O que disse o jornalista Alexandre Garcia é que:Somente pela educação é que poderemos acabar com o mal que mata as nossas crianças.A violência contra crianças está em todas as partes do Brasil [...]. Os números assustam.Estamos tratando de violência contra seres indefesos, por parte de adultos que deveriam protegê-los. [...] praticada por quem já foi contaminado por uma cultura de resolver pela força [...]O que mais impressiona [...] é que a casa seja o mais freqüente lugar de violência contra a criança. E não são apenas as vítimas de assassinatos, muitas vezes antecedidos de violência sexual, mas também aquelas crianças que são mortas logo ao nascer, porque indesejadas; as que morrem de subnutrição; as que morrem porque não têm assistência médica; as que morrem porque os adultos não preveniram a dengue; as que morrem porque os pais deixaram o veneno à mão, ou a panela fervente ao alcance; ou a água que afoga; ou foram deixadas no banco de trás do automóvel sem cinto, com os pais protegidos à frente [...]Como resgatar a bandeira da mortalha [de que falava Castro Alves]? Prioridade absoluta na educação, em casa e na escola [é a resposta, dizia, hoje de manhã, Alexandre Garcia]. Adultos mal-formados e mal-informados não conseguem formar as gerações seguintes e o mal se amplia, porque não são apenas o ódio, a raiva e a maldade que matam, mas também o amor que não funciona se não cuida, se não protege, se não educa.Essas palavras que eu quero deixar registradas nos Anais da Casa são do Sr. Alexandre Garcia, proferidas hoje de manhã, no Bom Dia Brasil.Mas o que me traz aqui também, Sr. Presidente, é que o Congresso não está respondendo à altura, como dizia a Senadora Patrícia Saboya, à crise que vive o Brasil com as crianças. Nós não estamos respondendo, por exemplo, na aprovação de um projeto que há mais de dois anos corre, qual seja, o da criação de uma agência nacional da criança, uma agência nacional de proteção da criança. Existe agência para proteger a água, para proteger o gás, para proteger o petróleo; não há uma agência de proteção da criança junto ao Presidente da República.A quem recorrer diante dessa criminalidade que toca nossas crianças? Não sabemos a quem. Repararam isso? Repararam que, quando os aviões atrasaram, a gente sabia que podia recorrer e até demitir o Presidente da Anac? Todo mundo ouviu falar na sigla “Anac”, porque avião atrasava. Quando criança morre, a gente não sabe a quem culpar nem a quem recorrer.A proposta que está no Senado, e que não sai, não sai, não sai, é de uma agência nacional de proteção à criança e ao adolescente. Mas tem mais: hoje de manhã, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, nós tivemos o último momento de votação do piso salarial do professor, o ponto de partida para levar adiante aqui o que Alexandre Garcia toma como a maneira de enfrentar a criminalidade contra a criança.O que a gente viu? Um Deputado muito bem-intencionado, o Deputado Arnaldo Faria de Sá, corretamente, do ponto de vista da defesa dos interesses dos professores, exigiu uma emenda que assegurasse o piso também para os aposentados. Só que, ao fazer a defesa dessa emenda, correta e que todos queremos, surgiu um debate grande. O Deputado Genoíno defendeu que a gente aprovasse, por enquanto, como está, para não se perder tempo e, depois, a gente faria para os aposentados.Aí, não chegamos a um acordo. Cada um dos Deputados hoje estava com boa vontade, mas o conjunto não conseguiu aprovar a matéria. Então, um Deputado, para tentar dar uma forma, pediu vista, com boa intenção, e atrasou o processo não por oito dias – porque, na próxima semana, não há sessão por causa de um feriado –, mas por quinze dias. Daqui a pouco, chega o fim de junho, e aí vai ficar para 2009.Porém, antes disso, certamente o Presidente da República fará uma medida provisória que, muito provavelmente, por razões financeiras, não vai colocar o aumento também para os aposentados, mas vai trazer o piso salarial pelo menos.E o Congresso Nacional vai ficar como o quê? Como aquela instituição que teve o projeto aqui dentro, que podia ter aprovado, que se alongou por quatro anos e, por incompetência, por inoperância, apesar da boa vontade de cada Parlamentar, não conseguiu aprovar. É o Executivo que acabará fazendo aquilo de que nós não fomos capazes.Enquanto isso, crianças morrem. Aquelas que não são jogadas fisicamente pela janela do apartamento são jogadas pela janela do trem da história, porque não puderam freqüentar uma boa escola. Enquanto isso, nós falamos, nós falamos, nós falamos, sem fazer, nem fazer, nem fazer.É isso, Sr. Presidente, que queria colocar aqui. O choro da Senadora Patrícia é um choro do Brasil inteiro. As saídas nós sabemos, mas não temos, por alguma coisa maldita, condições de fazer com que o conjunto de nós, apesar da boa vontade de cada um, consiga fazer com que o conjunto funcione. É uma pena. Estamos sendo coniventes com a violência que toma conta das crianças do Brasil.

Um comentário :

  1. Eu adorei gostei muito para béns pelo sucesso de vcs bjs Isabella

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