Uma espiritualidade é um jeito de viver os valores fundamentais do espírito. Podemos falar de várias espiritualidades, uma vez que o leque dos valores que as estruturam é distinto. Mas existe algo de comum nas diversas espiritualidades:
1-Assentam sobre valores para a humanização da pessoa. A lei da humanização é emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a comunhão universal.
2-As espiritualidades têm como alicerce a dimensão espiritual da pessoa estruturada para a relação amorosa com Deus e os outros. Há pessoas que não têm noção desta verdade, mas não é por não se conhecer a realidade que ela deixa de funcionar.
3-Qualquer que seja o leque dos valores de uma espiritualidade, estes valores ajudam a pessoa a ter consciência de que somos seres multidimensionais, vivendo num universo com várias esferas ou níveis, entre os quais está a esfera espiritual, cujo coração é o divino que preside à dinâmica do Universo.
4-O cultivo de uma espiritualidade é fundamental para o crescimento espiritual da pessoa;
5-A espiritualidade abre os horizontes da pessoa, conferindo sentidos novos à vida, libertando-a dos horizontes estreitos da matéria.
6-A espiritualidade faz emergir no interior da pessoa uma sabedoria que a capacita para saborear a vida como chamamento a comungar com a transcendência.
7-A espiritualidade é importante para as crianças porque elas, como os adultos, são seres com uma essência espiritual, que precisa atingir o seu pleno desenvolvimento. A pessoa humana é uma obra-prima feita de barro, a qual é a matriz de outra obra-prima feita de espírito.
À medida que cresce espiritualmente, a criança ganha segurança, pois sente que está num mundo com sentido e com uma meta: a plenitude da vida espiritual em comunhão com Deus. À luz da presença da transcendência, o Universo torna-se um lugar amigo, não ameaçador.
A Criança e a Oração
O melhor modo de ensinar uma criança a descobrir que estamos talhados para comunicar com alguém que nos ama, nos protege e é maior que nós, é ensiná-las a orar. Depois de serem bem iniciadas na oração, as crianças começam a ser capazes de orar sozinhas.
A chave do sucesso na oração é aprender a pôr confiadamente a vida nas mãos de Deus. Na oração com as crianças, o ideal é ensiná-las a comunicar como comunicam com as pessoas que mais amam. É fundamental que, na oração, a criança utilize as palavras que usa com os pais e as pessoas amigas. Não é bom tornar as orações repetitivas, o que leva ao desinteresse.
Devemos evitar que os tempos de oração sejam demasiado longos, a fim de evitar a saturação. Mas é bom ensinar as crianças falar muitas vezes com Jesus durante o dia. A melhor maneira de as crianças aprenderem a orar é o modo como os adultos tomam a oração a sério. O melhor mestre é o exemplo.
A Criança e o Dinheiro
É importante para o desenvolvimento da criança aprender a lidar com o dinheiro. Ao longo das gerações, a maior parte dos pais, trabalharam e pouparam com a ilusão de deixar aos filhos uma situação mais próspera do que aquela que eles tiveram. O aumento do poder de compra nos países mais ricos foi tornando este sonho realidade para uma grande maioria dos pais.
No entanto, a instrução financeira nas escolas e em muitas famílias continua a ser neglicenciada. É importante ensinar as crianças que o dinheiro se obtém através do trabalho. Mas seria errado trabalhar só pelo dinheiro. O trabalho é também fonte de realização pessoal e alegria.
Nas idas aos supermercados, por exemplo, é saudável encorajar as crianças a levarem o seu dinheiro, a fim de comprarem o que desejam, em vez de estarem sempre a pedir que lhes comprem coisas. É saudável ensiná-las a economizar em função de um objectivo: adquirir algo importante para elas. É importante que se dêem conta de que não podem gastar sempre as entradas sob pena de nunca poderem adquirir as coisas de que gostam. Mas não basta entender.
É preciso praticar. A criança deve compreender que, poupar, é o caminho para amealhar e, assim, poder realizar muitos dos seus sonhos.
No nosso mundo é muito importante poupar. Mas também é difícil começar a poupar, pois as solicitações são muitas e as satisfações nunca duraram tão pouco como nossos tempos. Os pais podem tornar-se os guardas da poupança das crianças até ser oportuno a abertura de uma conta no banco.
É bom ensinar às crianças que o dinheiro é inútil até ao momento em que o gastamos. Mas com o dinheiro podemos fazer muito mal e muito bem. É importante comunicar às crianças critérios para a utilização do dinheiro. Isto significa comunicar-lhes fundamentos básicos de vida ética. A finalidade da poupança não é amontoar, mas adquirir a liberdade de comprar aquilo que se quer.
Não se deve impedir a criança de comprar o que ela deseja com as poupanças que amealhou para isso.
O dinheiro é bom para comprar coisas. Nunca se pode comparar com a saúde, um trabalho agradável, um contexto familiar ou comunitário feliz. É bom ensinar às crianças que há coisas muito melhores do que o dinheiro. É importante que elas aprendam a valorizar as pessoas pelos valores com que se orientam na vida e não pelo dinheiro que têm.
Fonte: Calmeiro Matias
Interessante tocar nesses pontos. Vemos pais que não trabalham o lado espiritual e emocional da criança. Dizem práticos, sem tempo e com essas desculpas compram o bom comportamento, o silêncio da criança com "presente". A criança cresce materialista e oca, com desapego a família e amigos. E depois no futuro, esses mesmos pais, reclamam que os filhos não ligam para eles.
ResponderExcluirBoa semana! Beijus