Criança Abandonada
Na calçada de uma lanchonete,
encontrei uma criança sentada.
Perguntei-lhe o seu nome,
e ela não me disse nada.
Não querendo pertuba-lá,
segui então meu caminho.
Uns gritos bem perto soaram,dizendo:
Ei moça espere um poquinho!
Voltei de encontro a criança,
e reparei que estava abatida.
Após me olhar ela disse:
Moça, eu não sou bandida.
Se queres saber meu nome,
tudo bem, eu vou te falar.
Meu nome é Ana Paula,
e durmo na porta do Bar.
Quando papai morreu,
logo mamãe se casou.
Por causa do meu padrasto
De casa me expulsou.
Moça eu não entendo,
porque a mãe praticou esse ato.
No minimo ela pensou,
que eu tivesse caso com meu padrasto.
Abracei fortemente a criança
e convidei-a para almoçar.
Falei sobre minha infância
e vi seus olhos brilhar.
Um sorriso ela me deu
dizendo que ficou encantada.
Pois em anos era a primeira vez,
que não se sentia abandonada.
Núbis
Publicado no Recanto das Letras em 22/04/2007
Eu não entendo como uma mãe pode abandonar um filho por causa de homem. E quantos casos existem por aí?!
ResponderExcluirWillian, te dei um presentinho! Vai lá pegar!! É dado com carinho! Beijus
"Di menor".
ResponderExcluirCrianças crescem sinceras.
Adultos nunca são exatos.
Quebram a sinceridade delas.
Triste atmosfera.
Abandonos são sempre inesperados.
Impressionam, ficam marcados.
Parecem anotar como impressões,
Mas sentem, com abatimento.
Tão cedo elas não esquecem.
Tentam definir o amor,
mas vira ódio o sentimento de afeto,
por aqueles que elas tanto gostam.
Perdas incompreensíveis,
não é necessariamente a morte.
Cecília Fidelli.