LETRAMENTO
Josué Geraldo Botura do CarmoNovembro/2001
EDUCAÇÃO &LITERATURA
JOSUÉ GERALDO BOTURA DO CARMO
Segundo Magda Soares, a palavra letramento começa a ser usada a partir do momento em que o conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório. Não basta mais saber ler e escrever tão somente, é preciso saber fazer uso da leitura e da escrita. A partir do momento em que as sociedades tornaram-se cada vez mais centradas na escrita e multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita não só na cultura do papel, mas também na nova cultura da tela com os meios eletrônicos, é insuficiente ser apenas alfabetizado.
Segundo Magda no início da década de 90 começaram a ser criados no Brasil, em vários estados, o sistema de ciclos básicos de alfabetização. E em 1996 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) propõe a organização por ciclos no ensino isso significa que “o sistema de ensino e as escolas passam a reconhecer que a alfabetização, entendida apenas como a aprendizagem da mecânica do ler e do escrever e que se pretendia que fosse feito em um ano de escolaridade, nas chamadas classes de alfabetização, é insuficiente”. A criança além de aprender a ler e escrever deve dominar as práticas sociais de leitura e escrita. As novas propostas metodológicas também, de hoje, sugerem que se leve a criança a conviver, experimentar e dominar as práticas de leitura e de escrita que circulam na sociedade.
Magda vai definir letramento como sendo o estado em que vive o indivíduo que sabe ler e escrever e exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: ler jornais, revistas, livros, saber ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz, telefone, saber escrever e escrever cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade, saber preencher um formulário, redigir um ofício, um requerimento, etc. A alfabetização e o letramento se somam, são complementos. Enquanto que “alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita”. O importante é criar hábitos e desenvolver habilidades, sentir prazer de ler e escrever diferentes gêneros de textos. O letramento é um processo que se estende por toda a vida. E em todas as áreas de conhecimento e em todas as disciplinas aprendemos através de práticas de leitura e de escrita. Letrar é função e obrigação de todos os professores, mesmo porque cada área do conhecimento tem uma linguagem específica tanto no campo da informação, dos conceitos e dos princípios.
Para Magda o professor precisa em primeiro lugar ser letrado em sua área de conhecimento: dominar a produção escrita de sua área, as ferramentas de busca em sua área, e ser um bom leitor e um bom produtor de textos na sua área. E que seja capaz de letrar seus alunos, que conheça o processo de letramento, que reconheça as características e peculiaridades dos gêneros de escrita próprios de sua área de conhecimento. Para ela os cursos de formação de professores deveriam centrar seus esforços na formação de bons leitores e bons produtores de texto, e na formação de indivíduos capazes de formar bons leitores e bons produtores de textos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Entrevista com Magda Becker Soares.
Jornal do Brasil - 26/11/2000
Entrevista por ELIANE BARDANACHVILI
Josué Geraldo Botura do CarmoNovembro/2001
EDUCAÇÃO &LITERATURA
JOSUÉ GERALDO BOTURA DO CARMO
Segundo Magda Soares, a palavra letramento começa a ser usada a partir do momento em que o conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório. Não basta mais saber ler e escrever tão somente, é preciso saber fazer uso da leitura e da escrita. A partir do momento em que as sociedades tornaram-se cada vez mais centradas na escrita e multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita não só na cultura do papel, mas também na nova cultura da tela com os meios eletrônicos, é insuficiente ser apenas alfabetizado.
Segundo Magda no início da década de 90 começaram a ser criados no Brasil, em vários estados, o sistema de ciclos básicos de alfabetização. E em 1996 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) propõe a organização por ciclos no ensino isso significa que “o sistema de ensino e as escolas passam a reconhecer que a alfabetização, entendida apenas como a aprendizagem da mecânica do ler e do escrever e que se pretendia que fosse feito em um ano de escolaridade, nas chamadas classes de alfabetização, é insuficiente”. A criança além de aprender a ler e escrever deve dominar as práticas sociais de leitura e escrita. As novas propostas metodológicas também, de hoje, sugerem que se leve a criança a conviver, experimentar e dominar as práticas de leitura e de escrita que circulam na sociedade.
Magda vai definir letramento como sendo o estado em que vive o indivíduo que sabe ler e escrever e exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: ler jornais, revistas, livros, saber ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz, telefone, saber escrever e escrever cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade, saber preencher um formulário, redigir um ofício, um requerimento, etc. A alfabetização e o letramento se somam, são complementos. Enquanto que “alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita”. O importante é criar hábitos e desenvolver habilidades, sentir prazer de ler e escrever diferentes gêneros de textos. O letramento é um processo que se estende por toda a vida. E em todas as áreas de conhecimento e em todas as disciplinas aprendemos através de práticas de leitura e de escrita. Letrar é função e obrigação de todos os professores, mesmo porque cada área do conhecimento tem uma linguagem específica tanto no campo da informação, dos conceitos e dos princípios.
Para Magda o professor precisa em primeiro lugar ser letrado em sua área de conhecimento: dominar a produção escrita de sua área, as ferramentas de busca em sua área, e ser um bom leitor e um bom produtor de textos na sua área. E que seja capaz de letrar seus alunos, que conheça o processo de letramento, que reconheça as características e peculiaridades dos gêneros de escrita próprios de sua área de conhecimento. Para ela os cursos de formação de professores deveriam centrar seus esforços na formação de bons leitores e bons produtores de texto, e na formação de indivíduos capazes de formar bons leitores e bons produtores de textos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Entrevista com Magda Becker Soares.
Jornal do Brasil - 26/11/2000
Entrevista por ELIANE BARDANACHVILI
FONTE:http://paginas.terra.com.br/educacao/josue/index%2043.htm
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