Crianças com experiências ruins na internet
Cerca de 80% das crianças já sofreram experiências negativas na internet, e quase metade sente medo da tecnologia. É o que revela uma pesquisa feita pela Symantec em 14 países e divulgada esta semana. Segundo o levantamento, as crianças brasileiras são as que passam mais tempo na web: aproximadamente 18,3 horas semanais, enquanto a média mundial é de 11,4 horas. Outra pesquisa, feita pela Norton Online Family Report, mostra que 46% delas sentem medo da internet depois do incidente e 39% perdem a confiança no ambiente online.
Além disso, cerca de 60% delas fazem download sem supervisão de um adulto e 58% já tiveram alguém desconhecido tentando adicioná-las na internet, dados que revelam a insegurança no ambiente online para os pequenos. A advogada Marcela Macedo, especialista em Direito Digital do Patricia Peck Pinheiro Advogados e voluntária do Movimento "Criança mais Segura na Internet" (www.criancamaissegura.com.br), a internet pode ser uma ferramenta positiva de comunicação e aprendizado. O importante é entender que a culpa não é da tecnologia ou do computador, mas sim da forma como ela é usada.
- Os principais problemas que as crianças enfrentam na web costumam ser a não proteção da senha, já que ela não entende que isso é sua identidade digital no mundo virtual, o download de conteúdo não permitido, a participação em comunidades duvidosas, o cyberbullying e a pedofilia — explica a advogada.
Ela alerta que cada vez mais crianças estão sendo vítimas do cyberbullying, a ofensa virtual que gera impacto psicológico e social e é praticada em blogs, portais de relacionamentos, comunicadores instantâneos e mensagens de texto enviadas pelo celular.
O perito criminal Wanderson Castilho, diretor da E-Net Security Solutions, lembra que os pais devem sempre monitorar todas as ações que são realizadas no computador da criança.
— Esta é, sem dúvida alguma, a melhor forma de prevenção. Assim, os pais saberão antecipadamente o que os filhos estão fazendo na rede e poderão decidir a favor da criança.
Ele afirma que da mesma forma que os pais colocam regras no mundo físico dos filhos, devem estabelecê-las também para o mundo virtual.
— Estipule horários, tenha sempre um responsável próximo do computador para visualizar os canais que estão sendo acessados e nunca deixe as crianças sozinhas trancadas no quarto com o computador e uma webcam ligados — completa
O que fazer em caso de problemas graves
Se os pais notarem que há algo errado, eles podem tomar algumas ações para proteger a criança. O primeiro passo é conversar com seu filho para saber todos os detalhes do ocorrido. Depois, comunique à escola (ou clube, ou casa de amigo etc.), se o incidente aconteceu em suas dependências. É importante reunir todas as provas eletrônicas, como troca de mensagens de texto, emails, vídeos e fotos, e denunciar o site pelo seu canal de contato.
— É importante notificar extrajudicialmente caso haja necessidade de remoção de conteúdo e até mesmo procurar um advogado especializado — explica Marcela Macedo.
Castilho afirma que em certos casos é preciso fazer um boletim de ocorrência numa delegacia especializada em crimes digitais.
— O bom diálogo é que nunca pode deixar de ocorrer entre os pais e os filhos — completa.
Fonte :AGÊNCIA O GLOBO
Bem nao foi falta de avisar meu filho teve uma péssima experiência. Deu a senha para outra pessoa que detonou o joguinho dele. Aprendeu que segredo é segredo não se conta nem para mãe. aprendem a fazer julgamentos: assim não vale
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