A trajetória da professora Débora Seabra
Os pais de Débora sempre estimularam o desenvolvimento da filha. Margarida Seabra, advogada e mãe de Débora, sempre quis que a filha estudasse em escola regular. “Escola especial é complementar à escola regular. (…) Lembro quando ela começou na escola e percebeu que estava mais atrasada que os outros. A gente falava francamente, sempre houve um diálogo muito aberto com ela. ‘Quem tem síndrome de Down aprende mais devagar. Então não tem que achar ruim porque você está mais atrasada. Daqui a pouco você chega junto’”, explica a mãe.
Débora trabalha como auxiliar de desenvolvimento infantil. Para Laísa Palhano, mãe de uma das ex-alunas de Débora, “existe um ganho mútuo, tanto de Débora, que trabalha aprendendo e se sentindo incluída, como para (sua filha) Rebeca , que aprende a enxergar a vida com uma maneira diferente, ainda muito inocente, muito imatura (…) Acaba que o processo de inclusão aconteceu de maneira natural.”
Durante dois anos, Débora escreveu, em segredo, um livro de histórias infantis: Débora Conta Histórias. Depois que terminou, contou a iniciativa aos pais e lhes deu o livro de presente de Natal. “Houve um lançamento em Natal, um em Recife, onde ela palestrou para 4.380 pessoas, participou da Bienal do Livro de Maceió, onde palestrou também, lançou um livro. Depois de tantas palestras, Débora recebeu um convite muito honroso de fazer uma palestra na ONU, do Dia Internacional da Síndrome de Down”, relata Margarida.
Dulciana Carvalho é supervisora pedagógica e auxilia Débora na organização do planejamento semanal de atividades da escola onde a professora é voluntária: “somos amigas, estabelecemos uma relação de amizade muito grande, muito verdadeira nesses anos todos. Muitas discussões, conversas, confidências e viveu isso tudo muito bem com muita maturidade.”
Por programa especial
Fonte EBC
Professora com Down rebate crítica de desembargadora que publicou fake news sobre Marielle: 'Quem discrimina é criminoso'
Desembargadora Marília Castro Neves, do RJ, postou críticas a professores com síndrome de Down. Ela é a mesma que divulgou informações falsas sobre a vereadora Marielle Franco.
A professora Débora Seabra, primeira professora com síndrome de Down do país, fez uma carta em resposta a uma postagem preconceituosa da desembargadora Marília Castro Neves, do Rio de Janeiro, publicada no fim de semana (veja íntegra da carta mais abaixo).Na postagem, a desembargadora questiona o que professores com síndrome de Down podem ensinar a alguém. Recentemente, a juíza publicou também notícias falsas sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro.
Também nas redes sociais, a professora Débora Seabra publicou uma carta em resposta à desembargadora.
"Não quero bater boca com você! Só quero dizer que tenho síndrome de Down e sou professora auxiliar de crianças em uma escola de Natal (RN)", começa a carte de Débora.
Fonte: A tribuna do norte
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