Todos os índios tem pele morena. Uns mais, outros menos, de acordo com cada região e com a nação a qual pertencem. Apenas Mani nasceu diferente. Era branca como o leite e tinha os cabelos mais amarelos que as espigas de milho maduras. Muito antes de nascer, o cacique já havia sido avisado de sua vinda.
Em sonhos, um espírito branco havia contado que eles ganhariam um presente sagrado de Tupã. Quando nasceu, Mani, apesar de tão diferente, não chegou a causar espanto, mas encanto! Todos queriam vê-la e tocá-la, pois ela era um presente vindo de Tupã. E por ser diferente, chamava muita atenção.
Todos diziam que ela era a mais bela índia que havia nascido na terra. Na tribo era tratada com uma jóia, uma coisa rara que eles deveriam preservar. Mas tanto cuidado não evitou que Mani adoecesse como qualquer outra criança. Não teve reza nem remédio do pajé que desse jeito.
A índia branca, para a desolação de todos, veio a morrer. Aos prantos, a tribo escolheu um local bem bonito para depositar o alvo corpo de Mani. E todos os dias, aqueles que tinham saudades, iam ao túmulo. Com o tempo, veio a Primavera.
As flores e plantas novas começaram a brotar. Um dia alguém notou que onde Mani foi enterrada nasceu uma planta que ninguém conhecia. Ela era tão estranha quanto Mani quando nasceu. Todos ficaram felizes e todas as manhãs regavam o pequeno vegetal que crescia cada vez mais.
Um dos índios cavou ao lado da planta e encontrou a raiz que mais parecia um caroço, um nódulo, uma batata. Partindo o pedaço da raiz viram que dentro era tão branco quanto a pequena Mani. Era como se a criança tivesse voltado naquele estranho vegetal de raiz esquisita.
Por isso, deram-lhe o nome de "Mani oca", ou "carne de Mani". Depois a palavra acabou virando Mandioca como a conhecemos atualmente.
Origem: Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo
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